Para quem acompanha apenas o noticiário político e meteorológico, Brasília restringe-se ao quadrilátero da Praça dos Três Poderes, com parlamentares e ministros engravatados, magistrados togados e multidões de funcionários públicos, além do clima seco, que esturrica a região central do país durante seis meses seguidos.
Nos últimos anos, porém, Brasília tem mostrado uma outra face da capital – o Paranoá, lago criado com a construção da cidade, durante o governo de Juscelino Kubitschek, com o objetivo de aumentar a umidade em suas proximidades. O lago abraça a cidade de norte a sul, possui águas límpidas e está-se tornando um epicentro de lazer e esportes.
O Paranoá é formado pelas águas represadas do riberão Paranoá, com algumas praias artificiais, como a "Prainha" e o "Piscinão do Lago Norte". Ao redor do lago há vários bares, hotéis e restaurantes, e nele encontra-se a barragem do Paranoá, que produz energia hidrelétrica.
Com uma freqüência cada vez maior, a paisagem do lago nos fins de semana é marcada por lanchas, jet skis e barcos, além de esportistas praticando remo, vela, fazendo curso de mergulho ou uma variação do surfe para águas sem ondas, o kitesurf, que mistura prancha com pára-quedas.
São mais de 10.000 embarcações registradas na Delegacia Fluvial do Distrito Federal, o que já confere a Brasília o título de dona da terceira maior frota de embarcações do país, atrás do Rio de Janeiro e de São Paulo, estados com uma ampla costa oceânica.
Hoje, o Paranoá tem taxa de balneabilidade superior a 93%, o que é considerado uma marca excepcional. Em alguns pontos, a água é tão cristalina que faz lembrar até as paradisíacas praias de Angra dos Reis.
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