sexta-feira, 23 de abril de 2010

Intervenção no Arrudas (segunda parte)




Hoje em dia, parte do Rio Arrudas segue seu curso de forma praticamente imperceptível para as pessoas à sua volta. Isso se deve ao fato de o mesmo, passadas algumas obras no local, ter sido tampado por asfalto e concreto, sendo a visualização do mesmo possível apenas por algumas frestas deixadas na estrutura projetada para os pedestres.

Especulações indicam que, no futuro, essa obra realizada em parte do rio se estenderá por todo o seu curso dentro da capital.

No papel de arquitetos e urbanistas em formação, pensamos em uma intervenção mais “saudável”, tanto no rio, quanto em sua volta.

Como ponto de partida, nada mais importante que cuidar da qualidade da própria água, com a implantação de estações de tratamento de esgoto e o controle do despejo de lixo, tanto doméstico, quanto industrial no local. Tais medidas já seriam um grande diferencial na área, que hoje é marcada pela poluição e mau cheiro.

Os paredões de concreto que cercam o rio, chamados de galerias, serviriam de inspiração para o surgimento de uma diferente manifestação: como galerias de arte. Os artistas belo-horizontinos ali encontrariam espaço para divulgar seus trabalhos de uma forma inusitada e bastante chamativa. E as manifestações seriam as mais diversas, desde grafiteiros, pintores e escultores, até poetas, já que a exposição dos trabalhos ficaria livre à imaginação do artista, podendo ser um desenho, uma pintura, um texto...

Do lado de fora do rio, pensamos na criação de espaços relaxantes e atrativos. Seriam pistas de cooper dos dois lados do Arrudas, sendo que uma delas ocuparia uma pista hoje destinada a automóveis. Muitas árvores em volta do rio fariam dessas pistas locais adequados para caminhadas, por causa da sombra por elas proporcionada.

Haveriam pontos de empréstimo grátis de bicicletas. Toda e qualquer pessoa poderia usufruir desse serviço, sendo necessário apenas o arquivamento de um documento durante o período de empréstimo.

Por fim, pensamos na implantação pontes que ligassem os dois lados do rio e funcionassem como locais de observação do Arrudas e das manifestações artísticas nele encontradas. O mesmo se daria nos quiosques localizados ao longo das pistas de cooper, onde as pessoas teriam a oportunidade não só de assentar-se para comer ou beber algo, mas também de relaxar e admirar seu entorno.


Nenhum comentário:

Postar um comentário