quarta-feira, 14 de abril de 2010

Disse Que Me Disse : as sete colunas arquitetônicas de BH

As mudanças na arquitetura da região mais movimentada da capital retratam as etapas do seu desenvolvimento urbano, desde que a cidade foi fundada até ela se consolidar como metrópole. Essa metamorfose é dividida pelo arquiteto Carlos Roberto Noronha, presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, em sete fases de transição. Seis são simbolizadas por colunas de edificações e a última pela estrutura montada para iluminar o quarteirão fechado da Rua Rio de Janeiro, entre a Rua Tamoios e a Praça Sete. "As colunas foram pesquisadas em edificações religiosas, públicas, industriais, residenciais, comerciais e espaços públicos. São elementos gráficos que representam imóveis ainda existentes no Centro, elementos tipológicos referenciais aos diferentes estilos arquitetônicos", destaca Noronha.


Capela do Rosário (Aarão Dias): as suas colunas são elementos recorrentes em construções do ecletismo, estilo utilizado no fim do século 19 e início do 20.


Edifício Industrial (Francisco Izidro Monteiro): a segunda tipologia de colunas representa a criatividade dos artífices na composição de elementos decorativos.


Prédio da prefeitura (Luiz signorelli): possui colunas que representam o art déco, com forte presença nos anos 1930 e 1940. Sua composição é marcada pela base retangular e frisos horizontais.


Edifício Argélia (Tarcísio Silva): é uma composição sem elementos decorativos, revestida com pastilhas em cerâmica, material recorrente na arquitura modernista.


Edifício Pilar e Alagoas (Geraldo Ferreira Lima): a quinta coluna é elemento estrutural em forma de V, muito utilizado em edificações projetadas nos anos de 1950, principalmente por Niemeyer.


Prédio 527 (Uriel de Moura Santiago): é um pilar retangular, recoberto com pedras irregulares, utilizado nos anos de 1970.


Estrutura de quateirão fechado da Rio de Janeiro (Gustavo Pena): trata-se de estrutura em aço para iluminação, material muito presente na arquitetura contemporânea.

Fonte: Estado de Minas - 11 de abril de 2010 - Caderno Gerais

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